Aquecimento das águas pode explicar mortandade de sardinhas boca-torta na Grande São Luís, dizem especialistas

 

Nesta semana, a secretária de Meio Ambiente de Raposa, Lavina Lisboa, prestou esclarecimentos a emissoras de TV sobre a mortandade em massa de sardinhas boca-torta ao longo da orla marítima do município. Esse fenômeno, que também foi registrado em outras cidades da Região Metropolitana, vem se repetindo a cada cinco anos em média.

Equipes da TV Mirante e da TV Difusora estiveram no bairro Garrancho, onde os peixes mortos foram encontrados, buscando informações dos técnicos da prefeitura e demais autoridades e especialistas ambientais.

A secretária Lavina Lisboa destacou que, no início deste ano, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) lançou uma campanha de educação ambiental para investigar se o uso de redes de malha 15 poderia estar relacionado à mortandade das sardinhas.



“Consultamos o professor Kaio Lima, que trouxe a equipe de análise da UEMA, e constatamos que o problema não está relacionado ao uso dessas redes. Agora, estamos buscando parcerias com órgãos estaduais para enfrentar essa situação”, explicou Lavina.

O professor Kaio Lima, do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), está à frente dos esforços para identificar as causas da mortandade, que também afeta cidades vizinhas. “Estamos avaliando diversos fatores, como pesca predatória, ciclo de vida da espécie e poluição. Contudo, nossa principal hipótese aponta para o aquecimento das águas devido às mudanças climáticas. O El Niño tem aquecido as águas, reduzindo a disponibilidade do oxigênio na coluna d’água, o que pode causar asfixia nas sardinhas em áreas de alta concentração”, explicou o professor.

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